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Mostrando postagens de dezembro, 2017

SOMOS DE DEUS, um poema

SOMOS DE DEUS   Se negamos sermos de Deus, Chamam-nos ateus...   Nós somos de Deus, Disse o apóstolo João. Mas, ficamos indignados Diante da afirmação, Pois que os círculos Menos elevados da vida Ainda nos prendem ao chão: Cega-nos o orgulho, O egoísmo nos encarcera o coração, A vaidade nos mortifica, Precipita-nos em abismos a ambição, Tempestades de ódio nos revoltam, A ansiedade nos fere o ser... Apesar de tudo A vida continua   -   forte e segura, Semeando luz, afastando a secura Da desesperança e do desamor.   Pouco a pouco O trabalho e a dor, A enfermidade e a morte Demandam sejam reconsiderados Os caminhos tortuosos trilhados E retomar o do Amor.   Quando pensarmos convictos: ‘Todos somos irmãos, Amigos eternos meus; Não, não somos ateus’, Daí compreenderemos, afinal, Que efetivamente somos de Deus.   Francisco A

LAÇOS DE FAMÍLIA

LAÇOS DE FAMÍLIA Curioso notar como os seres se enredam em estórias televisivas   -   algumas até se comovem a ponto de alterar o equilíbrio psico-somático   --   onde as relações familiares são uma criação literalmente infernal: intrigas, traições, agressões, promiscuidade, prostituição, degradação de valores, em suma, um “inferno astral”.          Entretanto, o assunto necessariamente, para os espíritas, conduz a uma reflexão profunda sobre as origens do instituto familiar, do porquê ele existe, sua composição real, a fim de avaliar sua importância ou não no contexto do progresso das criaturas.          Basta que se vá ao Livro dos Espíritos (repositório de teses filosóficas e de respostas para todas as atividades da vida), onde se encontra, na parte 3 ª , Cap. VII, ao tratar da Lei de Sociedade, o subtítulo absolutamente apropriado: “Laços de Família” (questões 773 e 774).          No citado capítulo temos que os laços de família decorrem da Lei Natural, no caso da l

HOMICÍDIOS, ESTUPROS, CRIMES HEDIONDOS...que mundo é este?

HOMICÍDIOS, ESTUPROS, CRIMES HEDIONDOS... que mundo é este?!            Os jornais, as revistas, o rádio, a televisão, a mídia em geral, noticiam todos os dias espetáculos dantescos: homicídios bárbaros, coletivos e individuais; estupros de crianças, adolescentes e mães de família; seqüestros, com ou sem mutilações das vítimas; assaltos mirabolantes de empresas públicas e privadas; “arrastões” de pessoas indefesas e que procuram um mínimo de descanso e lazer; etc., etc., etc.          Diante disso, o Ser indignado pergunta: não teriam os Espíritos se enganado quanto ao progresso lento e gradual da Humanidade (LE, 783), já que transparece uma violência brutal, já que existem seres grotescos que praticam toda a sorte de barbaries contra os demais seres indefesos, que vivem aprisionados em suas próprias casas? Por que tais ocorrências de tamanha ferocidade? Quem são esses espíritos encarnados que apresentam tanta degradação moral e que desrespeitam os mais comezinhos princ

Aborto: A Visão Espírita

ABORTO: A VISÃO ESPÍRITA            Os aspectos legais, em especial as garantias constitucionais da pessoa humana, que inviabilizam qualquer argumento favorável ao aborto, estão clara e enfaticamente destacados em sucintas mas brilhantes razões deduzidas por uma jurista de renome reproduzidas neste mesmo jornal. Tais judiciosas ponderações são por nós endossadas, em especial diante da conceituação legal do que seja “vida”, protegida como direito fundamental do Ser e que, por isso, tem de ser necessariamente protegida e jamais sacrificada, não admitindo atentados de nenhuma ordem.          A visão espírita e a visão legal destacada seguem em paralelo, no mesmo sentido, com mesmas conclusões, mas, consegue ir além: justifica as causas da existência de uma criatura que está por nascer e também identifica as conseqüências de não permitir que nasça   ‑- para ela própria e para todos os envolvidos no ato de impedir o nascimento.          Vejamos, dentro dos conceitos estritos d

A Boa-Fé e os Conceitos e Princípios do Espiritismo

A boa-fé e os conceitos e princípios do Espiritismo.   Ementa.   O artigo aqui apresentado aborda a boa-fé como categoria jurídica, com breve referência histórica, suas acepções mais usuais e a sua delimitação como cláusula geral de direito. O fim é de identificar essa categoria jurídica, em seus contornos aceitos pelo Direito e a postura do Espiritismo frente ao assunto . A indagação final que se coloca no plano dessas considerações é analisar se a boa-fé referida nos ensinamentos contidos nas obras básicas da Codificação   Espírita ― no caso, alguns trechos ― se amolda às concepções de boa-fé subjetiva ou boa-fé objetiva.     Introdução.                                         A partir de uma exposição realizada na Associação Jurídica Espírita em São Paulo , nominada A boa-fé objetiva como valor evangélico e notório exemplo de progresso da legislação humana , nasceu a vontade de escrevermos algumas considerações sobre a boa-fé com vistas a identificar ess